Em 2009, passam a receber o título o compositor Maestro Nunes, o Maracatu Estrela Brilhante de Igarassú e o Clube Indígena Canindé do Recife.
Assessoria de Imprensa
O Governo do Pernambuco divulgou nesta quarta-feira, dia 30 de dezembro, os novos Patrimônios Vivos de Pernambuco, título concedido anualmente a personalidades representativas para a cultura do estado. Neste ano, estão sendo nomeados o compositor Maestro Nunes, o Maracatu Estrela Brilhante de Igarassú e o Clube Indígena Canindé do Recife (foto).
A ideia é ajudar e reconhecer o trabalho destes artistas e grupos, fortalecendo a cultura popular e tradicional. Para participar da seleção, por exemplo, os inscritos precisam ter no mínimo 20 anos de atuação e contribuição para a continuidade das tradições pernambucanas.
Com estes novos nomes, Pernambuco passa a contar com 21 patrimônios vivos em atividade. A lista completa pode ser conferida a partir do Portal Pernambuco Nação Cultural.
LEI DO PATRIMÔNIO VIVO – Instituída em 2002, a Lei do Patrimônio Vivo tem como objetivo reconhecer e valorizar as manifestações populares e tradicionais da cultura pernambucana, bem como garantir que mestres e grupos repassem seus conhecimentos às novas gerações de aprendizes. A Lei institui, no âmbito da administração estadual, o Registro do Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco. Aqueles que forem selecionados pelo conselho estadual de Cultura serão registrados pela Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco e terão como responsabilidade firmar um compromisso com a salvaguarda das manifestações das quais são representantes.
O principal trunfo da Lei de Patrimônio Vivo é que se reconhece ainda em vida o trabalho dos mestres e grupos culturais da terra na construção de um patrimônio cultural. A Lei prevê a concessão de bolsas vitalícias no valor de R$ 750,00 mensais para pessoas físicas e R$ 1.500,00 mensais para grupos culturais como incentivo do Governo de Pernambuco à realização e perpetuação de suas atividades. Além disso, os registrados na Lei do Patrimônio Vivo assumem a missão de transmitir os seus saberes e fazeres a aprendizes em eventos ou em programas de ensino e aprendizagem promovidos pela Fundarpe. O objetivo é manter e preservar as expressões da cultura popular e tradicional pernambucana.
Confira abaixo um pequeno histórico sobre cada um dos novos patrimônios vivos de Pernambuco:
MARACATU ESTRELA BRILHANTE DE IGARASSU
De baque virado, o Maracatu Estrela Brilhante de Igarassú é o maracatu mais antigo do Brasil em atividade, e suas origens estão ligadas à Ilha de Itamaracá. Os escritos do inglês Henry Koster confirmam os relatos de Maria Sérgia de Santana, a Rainha Mariú, matriarca do Maracatu, nascida em 1898 e falecida em outubro de 2003, aos quase 105 anos de idade. Com o marido, dona Mariú foi morar no Sítio Histórico de Igarassu, onde até hoje fica a sede do Estrela Brilhante.
Hoje, a matriarca do maracatu é dona Olga, filha de dona Mariú, que lidera a agremiação com mais de 150 integrantes. Responde como mestre do batuque Gilmar de Santana, filho mais novo de dona Olga, que divide com a mãe as responsabilidades de manter as tradições. O Maracatu Estrela Brilhante de Igarassu também é Ponto de Cultura, aprovado em 2008 no edital de pontos de cultura da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).
>> Confira a página do Maracatu Estrela Brilhante de Igarassú no portal Pernambuco Nação Cultural.
>> Acesse a página oficial do Maracatu Estrela Brilhante de Igarassú na internet.
>> Escute algumas faixas do álbum Estrela Brilhante de Igarassú 180 anos.
>> Veja a foto do Maracatu Estrela Brilhante de Igarassú, por Mateus Sá.
>> Alguns registros do ensaio do Maracatu Estrela Brilhante de Igarassú.
MAESTRO NUNES
José Nunes de Souza, o Maestro Nunes, nasceu em 22 de junho de 1931, em Vicência, Pernambuco. Desde criança tocava em bandas de cidades do interior. Nos anos 1950 veio para a capital do Estado, onde integrou diversas bandas, dentre elas Banda Manoel Óleo, União Operária da Macaxeira e Banda do Liceu de Artes e Ofícios. Também fez parte da Banda do Cassino Americano e da Banda da Cidade do Recife.
O Maestro Nunes participou, ainda, do Movimento de Cultura Popular, que marcou a história da cultura pernambucana a partir dos anos sessenta. Formou-se em Música pela Universidade Federal de Pernambuco e em Regência pela Faculdade de Filosofia do Recife. Compôs, ao longo dos anos, mais de três mil frevos, entre eles, Cabelo de Fogo, um dos mais famosos.
>> Leia mais sobre a biografia do Maestro Nunes, no portal Pernambuco Nação Cultural.
>> Jogue o game Toca Pernambuco, com a música Cabelo de Fogo, de Maestro Nunes, em formato de Guitar Hero.
>> Veja a foto do Maestro Nunes, novo patrimônio vivo de Pernambuco, pela fotógrafa Priscilla Buhr.
>> Acesse a página do projeto Frevos de Pernambuco, que também presta homenagem ao Maestro Nunes.
CLUBE INDÍGENA CANINDÉ
É o Caboclinho mais antigo do Estado, fundado em 1897 no Recife e contando com 112 anos de trajetória. A atual Presidente, Juracy Simões, assume o Canindé em 1994, após o falecimento de seu pai, sendo a primeira mulher a liderar uma agremiação desse gênero. O clube foi campeão do Concurso de Agremiações Carnavalescas por nove vezes consecutivas entre 1996 e 2004, e Vice-Campeã do Grupo Especial, em 2007. A participação do Canindé no documentário Três rainhas em um reinado de Momo (TV Viva, 2003) e a gravação do CD No traçado do guerreiro (2005) fortalecem a divulgação do grupo.
Seguindo os ensinamentos de seus pais, Juracy preserva o fundamento religioso da Tribo e mantém sua ligação com a Jurema Sagrada. O grupo conta hoje com 120 integrantes. Além do Clube Indígena Canindé, outro caboclinho que é Patrimônio Vivo de Pernambuco é o Caboclinhos Sete Flechas, do Recife, que recebeu o título em 2008.
Os caboclinhos são uma das manifestações mais representativas do Carnaval de Pernambuco. Nele, grupos de homens e mulheres caracterizados como indígenas desfilam, executando uma dança ao som de instrumentos como ganzás, surdos e gaitas.
>> Leia mais sobre a biografia do Clube Indígena Canindé do Recife, no portal Pernambuco Nação Cultural.
>> Veja a galeria de imagens do Clube Indígena Canindé do Recife.
A ideia é ajudar e reconhecer o trabalho destes artistas e grupos, fortalecendo a cultura popular e tradicional. Para participar da seleção, por exemplo, os inscritos precisam ter no mínimo 20 anos de atuação e contribuição para a continuidade das tradições pernambucanas.
Com estes novos nomes, Pernambuco passa a contar com 21 patrimônios vivos em atividade. A lista completa pode ser conferida a partir do Portal Pernambuco Nação Cultural.
LEI DO PATRIMÔNIO VIVO – Instituída em 2002, a Lei do Patrimônio Vivo tem como objetivo reconhecer e valorizar as manifestações populares e tradicionais da cultura pernambucana, bem como garantir que mestres e grupos repassem seus conhecimentos às novas gerações de aprendizes. A Lei institui, no âmbito da administração estadual, o Registro do Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco. Aqueles que forem selecionados pelo conselho estadual de Cultura serão registrados pela Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco e terão como responsabilidade firmar um compromisso com a salvaguarda das manifestações das quais são representantes.
O principal trunfo da Lei de Patrimônio Vivo é que se reconhece ainda em vida o trabalho dos mestres e grupos culturais da terra na construção de um patrimônio cultural. A Lei prevê a concessão de bolsas vitalícias no valor de R$ 750,00 mensais para pessoas físicas e R$ 1.500,00 mensais para grupos culturais como incentivo do Governo de Pernambuco à realização e perpetuação de suas atividades. Além disso, os registrados na Lei do Patrimônio Vivo assumem a missão de transmitir os seus saberes e fazeres a aprendizes em eventos ou em programas de ensino e aprendizagem promovidos pela Fundarpe. O objetivo é manter e preservar as expressões da cultura popular e tradicional pernambucana.
Confira abaixo um pequeno histórico sobre cada um dos novos patrimônios vivos de Pernambuco:
MARACATU ESTRELA BRILHANTE DE IGARASSU
De baque virado, o Maracatu Estrela Brilhante de Igarassú é o maracatu mais antigo do Brasil em atividade, e suas origens estão ligadas à Ilha de Itamaracá. Os escritos do inglês Henry Koster confirmam os relatos de Maria Sérgia de Santana, a Rainha Mariú, matriarca do Maracatu, nascida em 1898 e falecida em outubro de 2003, aos quase 105 anos de idade. Com o marido, dona Mariú foi morar no Sítio Histórico de Igarassu, onde até hoje fica a sede do Estrela Brilhante.
Hoje, a matriarca do maracatu é dona Olga, filha de dona Mariú, que lidera a agremiação com mais de 150 integrantes. Responde como mestre do batuque Gilmar de Santana, filho mais novo de dona Olga, que divide com a mãe as responsabilidades de manter as tradições. O Maracatu Estrela Brilhante de Igarassu também é Ponto de Cultura, aprovado em 2008 no edital de pontos de cultura da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).
>> Confira a página do Maracatu Estrela Brilhante de Igarassú no portal Pernambuco Nação Cultural.
>> Acesse a página oficial do Maracatu Estrela Brilhante de Igarassú na internet.
>> Escute algumas faixas do álbum Estrela Brilhante de Igarassú 180 anos.
>> Veja a foto do Maracatu Estrela Brilhante de Igarassú, por Mateus Sá.
>> Alguns registros do ensaio do Maracatu Estrela Brilhante de Igarassú.
MAESTRO NUNES
José Nunes de Souza, o Maestro Nunes, nasceu em 22 de junho de 1931, em Vicência, Pernambuco. Desde criança tocava em bandas de cidades do interior. Nos anos 1950 veio para a capital do Estado, onde integrou diversas bandas, dentre elas Banda Manoel Óleo, União Operária da Macaxeira e Banda do Liceu de Artes e Ofícios. Também fez parte da Banda do Cassino Americano e da Banda da Cidade do Recife.
O Maestro Nunes participou, ainda, do Movimento de Cultura Popular, que marcou a história da cultura pernambucana a partir dos anos sessenta. Formou-se em Música pela Universidade Federal de Pernambuco e em Regência pela Faculdade de Filosofia do Recife. Compôs, ao longo dos anos, mais de três mil frevos, entre eles, Cabelo de Fogo, um dos mais famosos.
>> Leia mais sobre a biografia do Maestro Nunes, no portal Pernambuco Nação Cultural.
>> Jogue o game Toca Pernambuco, com a música Cabelo de Fogo, de Maestro Nunes, em formato de Guitar Hero.
>> Veja a foto do Maestro Nunes, novo patrimônio vivo de Pernambuco, pela fotógrafa Priscilla Buhr.
>> Acesse a página do projeto Frevos de Pernambuco, que também presta homenagem ao Maestro Nunes.
CLUBE INDÍGENA CANINDÉ
É o Caboclinho mais antigo do Estado, fundado em 1897 no Recife e contando com 112 anos de trajetória. A atual Presidente, Juracy Simões, assume o Canindé em 1994, após o falecimento de seu pai, sendo a primeira mulher a liderar uma agremiação desse gênero. O clube foi campeão do Concurso de Agremiações Carnavalescas por nove vezes consecutivas entre 1996 e 2004, e Vice-Campeã do Grupo Especial, em 2007. A participação do Canindé no documentário Três rainhas em um reinado de Momo (TV Viva, 2003) e a gravação do CD No traçado do guerreiro (2005) fortalecem a divulgação do grupo.
Seguindo os ensinamentos de seus pais, Juracy preserva o fundamento religioso da Tribo e mantém sua ligação com a Jurema Sagrada. O grupo conta hoje com 120 integrantes. Além do Clube Indígena Canindé, outro caboclinho que é Patrimônio Vivo de Pernambuco é o Caboclinhos Sete Flechas, do Recife, que recebeu o título em 2008.
Os caboclinhos são uma das manifestações mais representativas do Carnaval de Pernambuco. Nele, grupos de homens e mulheres caracterizados como indígenas desfilam, executando uma dança ao som de instrumentos como ganzás, surdos e gaitas.
>> Leia mais sobre a biografia do Clube Indígena Canindé do Recife, no portal Pernambuco Nação Cultural.
>> Veja a galeria de imagens do Clube Indígena Canindé do Recife.
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